A Experiência Máxima do Corpo e do Sexo
Mas e quanto à nossa vivência do corpo na ressurreição? Cristo não disse que nós não nos daremos mais em casamento quando ressurgirmos dos mortos (cf. Mt 22,30)? Sim, mas isto não significa que nosso anseio por união acabará. Significa que ele será plenamente satisfeito. Como um sacramento, o casamento é somente um sinal terreno da realidade celeste. Nós não precisaremos mais de sinais para apontar-nos para o céu quando já estivermos lá no céu. As “núpcias do Cordeiro” (Ap 19,7) — a união de amor que nós todos desejamos — estará eternamente consumada.
“Para o homem, esta consumação será a realização máxima da unidade do gênero humano, querida por Deus desde a criação. (…) Os que estiverem unidos a Cristo formarão a comunidade dos remidos, a ‘cidade santa’ de Deus, ‘a Esposa do Cordeiro’” (C.I.C., §1045). Esta realidade eterna é o que a união “em uma só carne” representa desde o início (cf. Ef 5,31-32).
Portanto, na ressurreição do corpo redescobrimos — em uma dimensão infinita — o mesmo sentido nupcial do corpo no encontro com o mistério da vivência face a face com Deus (09/12/1981). “Esta será uma experiência completamente nova”, diz o Papa — além do que qualquer um de nós poderia imaginar. Além disso, “não será de nenhum modo estranha àquela experiência da qual o homem toma parte ‘desde o princípio’, e nem ao que diz respeito à dimensão procriativa do corpo e do sexo” (13/01/1982).
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