O AMOR MATRIMONIAL AUTÊNTICO É LEVADO PARA DENTRO DO AMOR DIVINO (Gaudium et Spes 48)
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
A tarefa de personalizar a sexualidade
Temos a experiência de que o modo de viver para os outros pode ser normal, mas sabemos também que podemos cair em considerá-los como simples objetos sexuais. Por isso, o modo de vestir, as maneiras de estar e atitudes, o modo de olhar ou de pensar de uma pessoa, devem ter em conta este fator. Temos que ser realistas,e assumir que podemos cair mais baixo do que os animais.
Porque os animais não são pessoas e não têm que se olhar como tal, nem a si mesmos, nem aos outros. Quando se olham como simples animais não fazem outra coisa que atuar segundo a sua natureza. Mas nós somos pessoas e o corpo de cada um é parte e expressão da sua intimidade pessoal, uma intimidade que está feita para ser respeitada e amada. Por isso, rebaixá-lo a simples objeto do apetite sexual é uma grave ofensa à sua dignidade de pessoa. E, quem considera assim o outro, está rebaixando-se a si mesmo mais do que os próprios animais. Porque os animais não têm culpa, o homem impuro tem.
O domínio do corpo, dos apetites, da imaginação, dos olhos, é parte indispensável dessa educação da sexualidade que se converterá em expressão adequada da nossa capacidade de amar. Sem essa educação, a sexualidade, como qualquer outro aspecto do corpo, atua a nível simplesmente animal, não é capaz de expressar a nossa personalidade espiritual. E não será capaz de ser instrumento do amor, mas sim do egoísmo animal, típico de um apetite corporal não educado.
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